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Câncer de bexiga

Sobre a doença

 Entendendo o câncer de bexiga. 

A bexiga é um órgão oco localizado na pelve responsável pelo armazenamento de urina. Ela faz parte do chamado trato urinário juntamente com os rins, ureteres e uretra. Internamente é composta por uma camada de células chamada urotélio, que origina a maior parte dos tumores de bexiga. Por esse motivo, o tipo de câncer que mais acomete a bexiga é chamado de carcinoma urotelial. A bexiga também apresenta abaixo do urotélio uma camada muscular responsável pela contração do órgão, que também é muito importante na classificação dos tumores uroteliais. O câncer de bexiga ocorre quando uma célula desse glândula começa a crescer de forma descontrolada. Alguns tumores de bexiga podem crescer na própria bexiga invadindo a camada muscular (conhecidos como tumores músculo-invasivos). Em alguns casos, os tumores músculo-invasivos podem causar metástases, seja para linfonodos ou para outros órgãos distantes. Já os tumores que não invadem a camada muscular, são chamados de superficiais.

Ilustração computadorizada do Câncer de Bexiga

Fatores de Risco

Existem algumas fatores que podem aumentar o risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga. Entre os principais fatores estão o envelhecimento (o câncer de bexiga costuma ocorrer principalmente em pessoas acima dos 65 anos) e o tabagismo. O risco de câncer de bexiga também aumenta em homens, pacientes com problemas crônicos na bexiga (como cálculos e infeções), exposição prévia a alguns agentes químicos como o arsênico, a ciclofosfamida e uma medicação específica para o tratamento de diabetes chamada de pioglitazona. Alguns cadsos de câncer de bexiga também estão associados ao risco genético familiar.

Sintomas

Apesar de o câncer de bexiga poder ser assintomático, é comum que o paciente apresente algum dos sintomas ou sinais descritos abaixo. Um dos sintomas comuns é a presença de hematúria (ou sangue na urina). Em alguns casos, o sangue pode ser visualizado como urina avermelhada, ou até presença de coágulos. Muitas vezes, a presença do sangramento pode ser notada apenas por meio de um exame de urina. Alguns pacientes podem notar dor ou ardência para urinar, aumento da frequência para ir ao toalete, sensação de não ter urinado completamente, ou mesmo incapacidade de urinar. Importante notar que estes sintomas podem estar relacionados a uma série de causas benignas também, como cálculos e infecção de urina. O câncer de bexiga avançado pode produzir sintomas, a depender de qual foi o local de disseminação da doença. Nesses casos, por exemplo, o paciente pode apresentar tosse, falta de ar e perda de peso, entre outros.

Diagnóstico

Para o diagnóstico, alguns exames são importantes, entre eles o exame de urina e o US de abdômen. O diagnóstico definitivo muitas vezes é feito através de uma cistocopia, que é um exame que permite ao médico visualizar o interior da bexiga através de um aparelho. Durante esse exame, também é possível obter uma biopsia de regiões suspeitas para confirmar o diagnóstico de câncer. Existe também um exame de urina chamado citologia urinária, que pode em alguns casos identificar células do câncer que são liberadas na urina. Como parte do processo de diagnóstico, alguns exames adicionais podem ser necessários. Eles incluem exames laboratoriais, tomografia e/ou ressonância, cintilografia óssea e, em alguns casos, o exame de PET-CT.

Tratamento

O tratamento do câncer de bexiga depende da extensão da doença dentro da bexiga. Para os tumores que não atingiram a camada muscular, o tratamento é realizado através da resseção do tumor por dentro da bexiga. Esse procedimento é chamado de ressecção tumoral transuretral. Em alguns casos pode ser necessário, após a ressecção, o uso da vacina com o bacilo da tuberculose (BCG) administrado internamente na bexiga para aumentar as chances de cura. Para alguns poucos tumores que não respondem ao tratamento, pode ser discutida a cirurgia de remoção da bexiga (cistectomia).
Já tumores que penetram mais profundamente, atingindo a camada muscular da bexiga, são tratados com a cistectomia. Quando possível, quimioterapia deve ser feita antes da cirurgia para aumentar as chances de cura. Existem algumas maneiras possíveis de reconstrução da bexiga, que podem ser discutidas com o urologista que irá realizar o procedimento. Como alternativa à cistectomia, a radioterapia combinada com a quimioterapia pode trazer a cura da doença em alguns casos.
Tanto tumores localizados quando tumores avançados de bexiga podem ter boas respostas ao tratamento com quimioterapia. Essa forma de tratamento pode ser utilizada para aumentar as chances de cura da cirurgia ou controlar a doença nos casos em que ela esteja avançada. Hoje já é disponível para o tratamento do câncer de bexiga avançado a imunoterapia. Essa forma de tratamento consiste em aplicações endovenosas de uma medicação que aumenta a resposta do organismo contra as células do tumor. Alguns casos podem apresentar excelentes respostas a este tratamento. Para o futuro, existem uma série de pesquisas tentando melhorar a eficácia da imunoterapia, e novas terapias com drogas de alvo molecular.
Por fim, cada vez mais fica claro que alguns tumores de bexiga podem estar associados a um risco genético hereditário. Atualmente, já existem ferramentas apropriadas para realizar esse tipo de investigação. Portanto, a depender de fatores individuais, a discussão sobre essa forma de avaliação com o médico pode ser importante.

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