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Câncer de testículo

Sobre a doença

 Entendendo o câncer de testículo. 

Os testículos fazem parte do aparelho de reprodução masculino. Existem dois testículos que ficam localizados na bolsa escrotal. Além da produção de espermatozoides para a reprodução, os testículos são a principal fonte produtora do hormônio testosterona. Existem vários tipos de células que compõem o testículo, e quase todas elas podem crescer de forma descontrolada originando um câncer. Dessa forma, o câncer de testículo apesar de ser altamente curável, é uma doença muito complexa que exige o cuidado de um especialista na área, devido a sua complexidade. As principais células que podem originar o câncer de testículo são as células germinativas. O câncer germinativo de testículo é divido nos tipos seminoma e não seminoma (neste caso estão incluídos o carcinoma embrionário, o tumor do saco vitelínico, o coriocarcinoma e o teratoma). Geralmente, o tumor do tipo não seminoma pode ser um pouco mais agressivo.

Ilustração computadorizada do câncer de testículo.

Fatores de risco

O câncer de testículo é o tumor mais frequente entre homens na faixa etária entre 15 e 44 anos. Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de testículo. Um dos principais é a história de criptorquidia. Essa condição ocorre quando o testículo da criança não desce para a bolsa escrotal na infância, e o risco de câncer de testículo pode ser reduzido quando a cirurgia de correção é feita de maneira precoce. Pacientes que já tiveram um câncer de testículo tem maior risco de apresentar um novo tumor no testículo remanescente. A presença de outros casos na família também pode aumentar o risco. Pacientes portadores do vírus do HIV tem um maior risco de desenvolverem seminoma.

Sintomas

Geralmente os sintomas mais comuns associados ao câncer de testículo são a dor no local, a sensação de um nódulo no testículo ou o seu aumento de forma progressiva. Na presença de qualquer um desses sinais a procura ao médico deve ser rápida para a realização de exames. Existem alguns outros sintomas que podem estar presentes como aumento ou dor na mama masculina, aumento de oleosidade ou de espinhas. Sintomas da doença mais avançada podem incluir perda de peso, dores nas costas, falta de ar e inchaço nas pernas.

Diagnóstico

Após uma suspeita clínica o diagnóstico pode ser feito através de um Ultrassom dos testículos, que pode visualizar o tumor. Também auxilia nesse diagnóstico alguns exames de sangue chamados marcadores tumorais. Para o tumor de testículo, os principais são o Beta-HCG, a Alfa-Feto Proteína e a Lactato Desidrogenase (LDH). Raramente é necessário uma biópsia do testículo, sendo que o diagnóstico definitivo do tipo de tumor é realizado pelo patologista ao analisar o testículo removido inteiramente por uma cirurgia. O câncer de testículo pode se espalhar principalmente para linfonodos na pelve ou na região posterior do abdômen e para os pulmões. Assim, alguns exames adicionais podem ser necessários. Eles incluem exames laboratoriais, tomografia e/ou ressonância.

Tratamento

O Câncer de testículo costuma ser altamente curável, mesmo nas situações em que já possui metástases. O planejamento adequado do tratamento conforme a extensão da doença é fundamental para maior sucesso da terapia. Como podem haver mais de uma opção de tratamento, é fundamental que o paciente seja visto por uma equipe multidisciplinar, composta pelo menos por um médico oncologista e um urologista. Muitas das opções de tratamento para o câncer de testículo podem diminuir as chances de fertilidade no futuro. Portanto, é fundamental que seja discutido com o médico opções para preservar fertilidade caso exista o desejo de ter filhos.


O tratamento do câncer de testículo se inicia com a orquiectomia, que é a remoção cirúrgica do testículo doente. Esse procedimento é feito através de uma incisão na região inguinal. As demais etapas do tratamento vão depender bastante do tipo de tumor de testículo, de sua extensão e dos valores dos marcadores tumorais no sangue do paciente. Tumores de maior risco, mais avançados ou com marcadores elevados, podem ser tratados com quimioterapia, que costuma ter uma eficácia bastante elevada em curar o câncer de testículo. Existem casos, em que a radioterapia também podem ser utilizada. Existem, ainda, situações em que uma nova cirurgia pode ser necessária para a retirada de lesões residuais após o término da quimioterapia. Assim, é fundamental que o médico explique as diversas etapas de seu tratamento, já que elas podem variar bastante de paciente para paciente. Pacientes com tumores que não responderam as medidas iniciais adotadas podem ainda necessitar de um transplante para controle da doença.


Após o término do tratamento é fundamental que o paciente mantenha o acompanhamento regular de rotina com o oncologista. Além de realizar exames que vão monitorar a possibilidade de recorrência, o acompanhamento visa orientar e modificar hábitos de vida dos pacientes curados de um câncer de testículo. Algumas vezes os tratamentos podem aumentar um pouco o risco de outras doenças no futuro, e, assim, é fundamental adoptar uma dieta saudável, realizar exercícios físicos e ter um bom controle de peso no seguimento após tratamento.

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