Dr. Denis L. F. Jardim
CRM (SP): 124.598
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Os médicos da Oncologia São Paulo possuem consultórios dentro dos mais avançados centros médicos de oncologia do país, o que é fundamental para atender todas as necessidades de um paciente diagnosticado com câncer. Conseguem fornecer com excelência, do início ao fim do tratamento, todo o suporte necessário.
Acreditamos na Medicina baseada em evidências científicas de qualidade, aliada à personalização para cada paciente que se encontra diante de nós, mantendo humanidade no atendimento.
O câncer pode se desenvolver a partir de uma célula localizada em qualquer local do corpo, sendo alguns locais de origem mais comuns, como a mama, intestino, próstata, pulmão, dentre outros. Iremos discutir em detalhe cada tipo de câncer, a partir de seu local de origem.
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Dr. Denis Jardim e Dra. Debora Gagliato possuem formação no maior Centro de Câncer do mundo: MD Anderson Cancer Center, referência nas principais pesquisas e avanços contra o câncer.
Esses são tratamentos que circulam pelo sangue e percorrem todo o corpo, mas com ação mais concentrada no câncer. Como também atingem outros tecidos que não estão doentes, podem originar efeitos colaterais ao afetarem células sadias. A forma mais comum é a quimioterapia. A quimioterapia consiste em medicamentos que destroem células do câncer por afetarem a capacidade destas células se dividirem. Nos últimos anos, houve um aumento muito grande no número de novos tratamentos sistêmicos para alguns cânceres e muitos deles não são quimioterapia propriamente dita. Por isso, é muito importante que seu médico esteja atualizado com essas novas opções disponíveis. Outros tipos de medicamentos utilizados no tratamento do câncer que não são quimioterapia são:
Drogas de alvo molecular (como os anticorpos monoclonais e as pequenas moléculas inibidoras). Essas drogas bloqueiam proteínas específicas dos tumores, que muitas vezes estão mais ativadas do que o normal. Um dos mecanismos que fazem com que uma proteína esteja mais ativada em um tumor é uma mutação. Por isso, existem drogas de alvo molecular que apenas serão efetivas quando existe uma mutação específica que o oncologista deve testar antes de iniciar o tratamento. Também existem drogas de alvo molecular que não precisam de um teste de mutação para serem utilizadas. Alguns exemplos de drogas de alvo molecular são:
-Bevacizumabe: um anticorpo monoclonal que bloqueia uma proteína importante para formação de vasos sanguíneos do tumor
-Erlotinibe: uma droga oral que bloqueia um receptor chamado EGFR que está ativado em um alguns tumores, como o câncer de pulmão
-Trastuzumabe: um anticorpo monoclonal que bloqueia o receptor Her2, muitas vezes ativado no câncer de mama e câncer de estômago.
Imunoterapia: aumenta a capacidade do próprio organismo do paciente em eliminar os tumores. Os imunoterápicos têm como principal objetivo determinar a expansão das células de defesa, especialmente os linfócitos T, que devem agir contra as células tumorais. Através desse importante mecanismo, em que o próprio paciente elabora uma resposta imune contra o tumor, é que podem ser observadas respostas mesmo após a suspensão da medicação. Além disso, com a experiência cada vez mais robusta nesse tipo de tratamento, pode-se observar um grupo de pacientes que experimenta respostas completas do tumor (desaparecimento de todas as lesões tumorais), as quais podem ser sustentadas, sugerindo que essa modalidade terapêutica possa inclusive curar um grupo de pacientes portadores de doença avançada. O número de indicações para uso de imunoterapias tem aumentado a cada ano.
Drogas hormonais: bloqueiam ou aumentam alguns hormônios. Alguns tipos de tumores dependem de hormônios presentes no nosso organismo para se desenvolverem. Como exemplo, o câncer de mama pode depender do estrógeno e o câncer de próstata da testosterona.
Formas de Administração dos Tratamento Sistêmicos
O tratamento sistêmico pode ser aplicado de diferentes maneiras no paciente, o que depende do tipo de medicamento que vai ser usado (cada medicamento tem sua forma preferencial). Pode ser administrado pela veia, semelhante a um soro, pela boca na forma de comprimidos, cápsulas ou líquido, como uma injeção abaixo da pele ou no músculo, ou diretamente dentro de algum órgão. O tipo de administração não define qual o tipo de medicamento. Assim, existe quimioterapia que pode ser feita endovenosa ou via oral; da mesma forma, existem drogas de alvo molecular que são administradas na veia e algumas por comprimidos.
Trata-se da remoção do tumor e de seu tecido ao redor por meio de uma operação. A cirurgia é a forma mais antiga de se tratar o câncer e permanece como uma opção importante e efetiva. Os objetivos da cirurgia podem variar, indo desde a remoção completa do tumor, até a obtenção de uma parte dele para diagnóstico. O tipo e a complexidade do procedimento também dependem do câncer, da sua localização e extensão, sendo determinado por um médico cirurgião. Existem uma série de tipos de procedimentos, desde cirurgias extensas com abertura da pele, até procedimentos menores, com uso de técnicas não invasivas que são empregados no tratamento do câncer. Um dos exemplos é a cirurgia robótica, que tem apresentado destaque importante na oncologia nos últimos anos. A necessidade de internação e o período de recuperação estão ligados ao tamanho e complexidade de cada procedimento.
Essa é uma forma de tratamento que usa a radiação ionizante como forma de danificar e eliminar as células do câncer. A radiação deve vir de uma fonte, que normalmente é um aparelho capaz de emití-la, ou de sementes radioativas que são colocadas em contato direto com o tumor. Essa forma de tratamento pode ser administrada em uma ou várias sessões, a depender do tipo de tumor e do tratamento selecionado. Em cada sessão, o paciente fica exposto à fonte que produz a radiação por um curto período. A radioterapia pode ser utilizada como uma forma de tratamento exclusiva, mas também como algo para auxiliar nos resultados da cirurgia e/ou do tratamento sistêmico.
Toxicidades e eventos adversos podem estar presentes em todas essas modalidades terapêuticas, variando bastante conforme a combinação ou tipo de tratamento. Devido ao grande número de tratamentos sistêmicos disponíveis, é muito difícil caracterizar um perfil único de toxicidades. Nesse sentido, é fundamental discutir com seu oncologista qual o perfil de toxicidades esperado para aquele tratamento específico que será prescrito.
O sucesso do tratamento depende da descoberta da doença em seu estágio inicial
O câncer é o segundo grupo de doenças com a maior taxa de mortalidade no mundo, estando atrás apenas das doenças cardiovasculares. Mais de 8 milhões de pessoas por ano são vítimas do câncer, um inimigo que exige uma complexa rede de estratégias para ser controlado. Porém, há um fator que é fundamental e determinante para a maior chance de cura: o diagnóstico precoce.
Nesse sentido é muito importante estar atento aos sintomas. Porém, ainda mais importante é a realização dos exames preventivos anualmente, conforme orientações das sociedades médicas. A intenção dos exames preventivos é detectar lesões precursoras do câncer ou, ainda, lesões malignas em estágios iniciais. Nessa situação o tratamento, além de poder ser menos complexo, possui maior eficácia, aumentando as chances de cura. A taxa de mortalidade mundial relacionada ao câncer está progressivamente se reduzindo, resultados dos exames de rastreamento precoce e da melhora da eficácia dos tratamentos oncológicos. Infelizmente, não existem exames de rastreamento para todos os tumores, então é fundamental estar em alerta para qualquer sintoma novo e procurar o médico para a investigação adequada
Nos casos em que existem exames de prevenção efetivos, os tipos de exames a serem realizados para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer, bem como a frequência de realização dos mesmos, dependem do histórico familiar de cada indivíduo. A realização dos exames preventivos depende de uma avaliação médica bastante completa, que inclui desde os hábitos de vida de cada pessoa, até uma história familiar detalhada. Só assim é possível estabelecer a melhor estratégia de prevenção para cada indivíduo. Os pacientes que identificam a doença em seu estágio inicial e realizam tratamento adequado, possuem uma maior chance de cura.
Autor: Dr Denis Jardim, médico oncologista Titular do Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês São Paulo